domingo, 22 de outubro de 2006

passageira

Só pensava agora em ter uma serra elétrica pra aniquilar com aquela plataforma de madeira e desnudar o debaixo da bota de couro. Aí então ele tiraria suavemente a meia fina para levar ao nariz, beijaria aquela sola rosada e roubaria a alma da guria pelo dedão do pé, num só chupão, sem desviar os olhos de seu alvo baixo ventre.
E quando só corpo restasse em seus braços, qual um colecionador de ossos, ele devoraria a carne de cada um dos longilíneos dedos daquelas mãos minuciosamente observadas.

Nenhum comentário: