que prazer o de viajar num dia qualquer assim conhecer mais um pedacinho kitsch desse nosso país que logo logo vai virar imagem de uma série com marcador ali do lado lodo ledo engano desde criança o encanto pelos baldes vermelhos luminosos daquelas longas viagens narradas duas vezes numa só semana aqueles pauzinhos das bandeiras que eu sempre desejava na caravana interrompida chave pra abertura de uma estrada que era só minha que os caminhões todos de lá parar prum lanche aquele rack bagageiro mais a gasolina assim em galões a tempo de explodir a qualquer momento os chaveiros coleção até hoje lá noutra cidade desvios a galinha
quinta-feira, 30 de novembro de 2006
sô/ só (de improviso)
pé na estrada/ minhas minas
e o porvir já foi/ adiamento adiantado
promessa fui cobrar/santo não
e o tempo/ tão impróprio
no monte/ nas campinas
palavras/ ao paladar
dois mignons com queijo/ uai
quarta-feira, 29 de novembro de 2006
(da série poesia na rua, 9
13:13/29.nov.06 - no poste do viaduto)
*
LUNAS
*
PRECISA-SE
*
de moças acima de 18 anos
para trabalhar
em privê de luxo.
*
Oferecemos almoço, moradia
e ajuda de custo
Retirada semana acima de R$ 600,00
*
Entrar em contato pelo tel:
6671-0696
*
Aforismo 276
A gaia ciência
Friedrich Nietzsche [via amiga histérica]
*
"Para o ano novo. - ... Quero cada vez mais aprender a ver como belo aquilo que é necessário nas coisas: - assim me tornarei um daqueles que fazem belas as coisas. Amor fati [amor ao destino]: seja este, doravante, o meu amor! Não quero fazer a guerra ao que é feio. Não quero acusar, não quero nem mesmo acusar os acusadores. Que a minha única negação seja desviar o olhar! E, tudo somado e em suma: quero ser, algum dia, apenas alguém que diz Sim!"
terça-feira, 28 de novembro de 2006
ceia de amiga histérica
Receitas para um Natal feliz
Peru à moda Lorena Bobbit
- dois perus grandes (atenção: retirar o prepúcio)
- ameixas, pêssegos, abacaxi em calda
- farofa de Natal (para rechear os corpos cavernosos)
- brincos de princesa para decorar
Modo de servir: quentes, douradinhos, crocantes. Cortar fatias finas, comer com molho de sua preferência. Se algum conviva alegar dor de cabeça para não degustar a iguaria, ofereça uma aspirina.
Sangria Jim Jones
- 14 litros de vinho chapinha
- frutas picadas
- 2 litros de gasosa
- arsênico a gosto
Modo de servir: misturar tudo em uma pia batismal. Dançar uma ciranda medieval com os convivas ao redor. Servir em taças descartáveis para não dar trabalho à faxineira. Erguer um brinde ao projeto humano e sorver lentamente. O último que ficar é mulher do padre.
Peru à moda Lorena Bobbit
- dois perus grandes (atenção: retirar o prepúcio)
- ameixas, pêssegos, abacaxi em calda
- farofa de Natal (para rechear os corpos cavernosos)
- brincos de princesa para decorar
Modo de servir: quentes, douradinhos, crocantes. Cortar fatias finas, comer com molho de sua preferência. Se algum conviva alegar dor de cabeça para não degustar a iguaria, ofereça uma aspirina.
Sangria Jim Jones
- 14 litros de vinho chapinha
- frutas picadas
- 2 litros de gasosa
- arsênico a gosto
Modo de servir: misturar tudo em uma pia batismal. Dançar uma ciranda medieval com os convivas ao redor. Servir em taças descartáveis para não dar trabalho à faxineira. Erguer um brinde ao projeto humano e sorver lentamente. O último que ficar é mulher do padre.
segunda-feira, 27 de novembro de 2006
boletim educativo
DELEGACIA ESPECIAL DE POLÍCIA DO MUNICÍPIO DE MANTENA
BOLETIM N°2
VENDA DE CACHAÇA DEPOIS DAS 24 HORAS
– APÊLO –
Apelamos para os senhores proprietários de bares e estabelecimentos congêneres, para que suspendam, a partir das vinte e quatro horas, diàriamente, inclusive aos sábados, domingos e dias festivos, a venda de CACHAÇA nos referidos estabelecimentos.
Esta medida só trará benefícios ao vendedor e ao consumidor. Se por um lado reduz o lucro que adviria da venda de mais tantas garrafas de aguardente, por outro lado, previne casos graves de embriaguez com o risco de crimes ou desordens de que podem resultar prejuízos materiais superiores ao lucro de todo o dia ou de todo mês, sem possibilidade, na maioria das vêzes, de ressarcimento por parte dos responsáveis pelo dano, quase sempre indivíduos pobres, de nenhum recurso, convindo notar que tais desordens sempre ocorrem em horas avançadas, sem que a Polícia nada possa fazer, por já ter recolhido o seu patrulhamento.
Sendo a cachaça a bebida habitual dos nossos operários e pessoas de condição humilde, por ser a que mais está ao alcance de sua bôlsa, acaba essa medida por ter ainda um lado humano e patriótico, que é fazer com que os nossos trabalhadores procurem mais cedo as suas casas, evitando que, embriagados, terminem a noite na cadeia, com reflexos prejudiciais no rendimento do trabalho, no lar e na saúde.
Seremos grato aos que virem claro nossos objetivos.
Mantena, abril de 1956
domingo, 26 de novembro de 2006
sábado, 25 de novembro de 2006
sexta-feira, 24 de novembro de 2006
prognóstico do Dr. Pedro Nóia
Preocupado, enviei imediatamente ao doutor, pelo mensageiro, cópia impressa desse emeio. Não tardou a me ligar, bastante interessado no caso:
- Melhor seria que a menina começasse a brincar com outros tipos de bolota!
- Melhor seria que a menina começasse a brincar com outros tipos de bolota!
emeio de amiga histérica
Ao constatar que venho gastando energia demais com pessoas - ou assuntos - desprezíveis, ocorreu-me a seguinte metáfora ruminessencial: tenho sido uma versão humana do Digitonthophagus Gazella, o Sísifo dos campos.
Diria Hilda Hilst: Não entendeu ? Informe-se.
Para ser menos antipática em minha estréia como colaboradora do blog alheio, vou esclarecer que se trata do famoso besouro rola-bosta. Ainda não entendeu ? Aqui vai uma singela explicação: rola-bosta é um besouro que recolhe excrementos dos grandes mamíferos e passa a vida rolando-os, no formato de bolas, pelos pastos como se fossem tesouros. Neles botam seus ovos e se reproduzem. Ao empurrar a bolota de bosta, eles chegam a ficar em pé: como a bolota é quase sempre maior do que eles mesmos, e muito mais pesada, é algo como se nós empurrássemos um elefante.
Alguém mais se reconheceu ?
Diria Hilda Hilst: Não entendeu ? Informe-se.
Para ser menos antipática em minha estréia como colaboradora do blog alheio, vou esclarecer que se trata do famoso besouro rola-bosta. Ainda não entendeu ? Aqui vai uma singela explicação: rola-bosta é um besouro que recolhe excrementos dos grandes mamíferos e passa a vida rolando-os, no formato de bolas, pelos pastos como se fossem tesouros. Neles botam seus ovos e se reproduzem. Ao empurrar a bolota de bosta, eles chegam a ficar em pé: como a bolota é quase sempre maior do que eles mesmos, e muito mais pesada, é algo como se nós empurrássemos um elefante.
Alguém mais se reconheceu ?
quinta-feira, 23 de novembro de 2006
um marido ideal
Houve um tempo em que o mundo era sério. E então, segundo Oscar Wilde, os homens se defendiam mutuamente enquanto as mulheres se ofendiam umas às outras.
quarta-feira, 22 de novembro de 2006
(da série poesia na rua, 8
noite/22.nov.06 - de novo no limoeiro, display com furos e letrinhas)
X BURGUER
X SALADA
X EGG
X BACON
X MAIONESE
X TUDO
Y CALABRESA
X BURGUER
X SALADA
X EGG
X BACON
X MAIONESE
X TUDO
Y CALABRESA
terça-feira, 21 de novembro de 2006
segunda-feira, 20 de novembro de 2006
domingo, 19 de novembro de 2006
sexta-feira, 17 de novembro de 2006
febre
Madruguei mandruvá ainda entrevado na lápide orvalhada de mármore azul rajado.
Penetrei entre frestras do muro lindeiro, ao ruído intermitente dos primeiros carros.
Outro acordado, vi seu parangolé todo de sacos pretos, ele mesmo o lixo na calçada.
A barba rala, o peito ralado no entreveio úmido da aurora. Eu fui ligeiro, não me viu.
Ele permaneceu dentro, de si e de mim, reverberando como aquela frase recolhida ali.
Sem consolação, rasgada por ela do muro como lagarta, no sereno de há pouco, noite.
Ela eu ele nós, irtemitência de nem sei que tipo, luminescente como a dos vagalumes.
Penetrei entre frestras do muro lindeiro, ao ruído intermitente dos primeiros carros.
Outro acordado, vi seu parangolé todo de sacos pretos, ele mesmo o lixo na calçada.
A barba rala, o peito ralado no entreveio úmido da aurora. Eu fui ligeiro, não me viu.
Ele permaneceu dentro, de si e de mim, reverberando como aquela frase recolhida ali.
Sem consolação, rasgada por ela do muro como lagarta, no sereno de há pouco, noite.
Ela eu ele nós, irtemitência de nem sei que tipo, luminescente como a dos vagalumes.
da missiva
Dr. Pedro anda mais enrolado que fumo de corda. Nessa de se modernizar já fala até em procurar um psicanalista.
quinta-feira, 16 de novembro de 2006
pelo correio
quarta-feira, 15 de novembro de 2006
]da gaveta de guardados 7 (esta é velha)
[recordada de cabeça]
A DÚVIDA PERENE DO PLÁGIOfumaça,
fumaça que passa...
imagem e semelhança,
isto é coisa que se faça?
tempo de hibernar
Eu invejo o musaranho-pigmeu que come o equivalente ao seu próprio peso por dia. E que na ausência de vermes mergulha em letargo profundo, em toca cavada no chão.
pois é
Apesar da bebedeira rolou na cama insone. A cabeça rodava na proporção de suas angústias. Finalmente pegou no sono. Teve pesadelos com uma gosma densa e disforme, teimando em escorrer pelos vãos dos dedos. Quando acordou havia ainda no chão do quarto um resto dessa substância. Correu à eletrola e foi logo retirando sua tampa, para dar espaço ao elepê de Ataulfo Alves.
terça-feira, 14 de novembro de 2006
górgona
O destino lhe fôra cruel: sentia-se uma medusa desde aquela rejeição inesperada. Bastava que olhasse para um homem e ele transmutava-se em pedra, que nem Michelângelo seria capaz de reavivar do silêncio.
terapia do grito
Outrora eu dividia um escritório com uma amigo na Vila Madalena, vizinho de um empório terapêutico. Projeto em atraso, eu me aclimatava para a primeira varada de noite no local quando ouvi do outro lado do muro um coro desafinado de executivos pós-expediente:
- Eu não tenho medo! Eu não tenho medo! Eu não tenho medo!
Corri a abrir a janela, sussurando em grave:
- É porque você não me conhece...
- Eu não tenho medo! Eu não tenho medo! Eu não tenho medo!
Corri a abrir a janela, sussurando em grave:
- É porque você não me conhece...
segunda-feira, 13 de novembro de 2006
vira-casaca: um paradoxo futebolístico
Quem nasce em Santa Cruz das Palmeiras, interior de São Paulo, é palmeirense desde criancinha. Daí a existência de uma porção de palmeirenses corinthianos por lá...
(da série poesia na rua, 7
noite/10.nov.06 - o garçom-filósofo do bar limoeiro, episódio narrado pela ana)
- Jô, você sabe o que é policarbonato?
- Olha Nilson, o que eu conheço de mais parecido com isso é o bicarbonato de sódio.
- Jô, você sabe o que é policarbonato?
- Olha Nilson, o que eu conheço de mais parecido com isso é o bicarbonato de sódio.
bicho-de-pé
Atravessavam a faixa de pedestres na hora do almoço. Eu sozinho, sem apetite, comera em praça de alimentação ruidosa. Um bife bourguignon do quilo, na lembrança distante de um picadinho à cocó servido a la carte. Voltava agora pro trabalho, reunião com o diretor, que sempre atrasa.
Ambos vinham descalços sobre o asfalto quente. Eu andava cabisbaixo quando deparei-me com as pontas sujas daqueles dedos encobertos por túnicas ao rés do chão. Ele trazia aquele corte de cabelo ridículo, ela a cabeça coberta pelo mesmo tecido grosso de lã marrom.
Pensei comigo que aqueles pés deviam ser parte do voto: o santo lá é o protetor dos animais.
Ambos vinham descalços sobre o asfalto quente. Eu andava cabisbaixo quando deparei-me com as pontas sujas daqueles dedos encobertos por túnicas ao rés do chão. Ele trazia aquele corte de cabelo ridículo, ela a cabeça coberta pelo mesmo tecido grosso de lã marrom.
Pensei comigo que aqueles pés deviam ser parte do voto: o santo lá é o protetor dos animais.
sexta-feira, 10 de novembro de 2006
quinta-feira, 9 de novembro de 2006
assalto
Enquanto ela lia Matem-me por favor ele renascia por dentro. Quando ela acabou de ler, meteu-lhe o 38 na cabeça!
louvação
O poeta se matou depois de comemorar seu aniversário de 28 anos (em 9 de novembro de 1972); eu estava pra nascer. Foi Anônimo quem me lembrou, em comentário aí abaixo. Veja o sítio, que beleza! Salve o Piauí! (e também a revista, mas isso já é uma outra história)...
e com o ministro:
Vou fazer a louvação - louvação, louvação
Do que deve ser louvado - ser louvado, ser louvado
Meu povo, preste atenção - atenção, atenção
Repare se estou errado
Louvando o que bem merece
Deixo o que é ruim de lado
E louvo, pra começar
Da vida o que é bem maior
Louvo a esperança da gente
Na vida, pra ser melhor
Quem espera sempre alcança
Três vezes salve a esperança!
Louvo quem espera sabendo
Que pra melhor esperar
Procede bem quem não pára
De sempre mais trabalhar
Que só espera sentado
Quem se acha conformado
Vou fazendo a louvação - louvação, louvação
Do que deve ser louvado - ser louvado, ser louvado
Quem 'tiver me escutando - atenção, atenção
Que me escute com cuidado
Louvando o que bem merece
Deixo o que é ruim de lado
Louvo agora e louvo sempre
O que grande sempre é
Louvo a força do homem
E a beleza da mulher
Louvo a paz pra haver na terra
Louvo o amor que espanta a guerra
Louvo a amizade do amigo
Que comigo há de morrer
Louvo a vida merecida
De quem morre pra viver
Louvo a luta repetida
Da vida pra não morrer
Vou fazendo a louvação - louvação, louvação
Do que deve ser louvado - ser louvado, ser louvado
De todos peço atenção - atenção, atenção
Falo de peito lavado
Louvando o que bem merece
Deixo o que é ruim de lado
Louvo a casa onde se mora
De junto da companheira
Louvo o jardim que se planta
Pra ver crescer a roseira
Louvo a canção que se canta
Pra chamar a primavera
Louvo quem canta e não canta
Porque não sabe cantar
Mas que cantará na certa
Quando enfim se apresentar
O dia certo e preciso
De toda a gente cantar
E assim fiz a louvação - louvação, louvação
Do que vi pra ser louvado - ser louvado, ser louvado
Se me ouviram com atenção - atenção, atenção
Saberão se estive errado
Louvando o que bem merece
Deixando o ruim de lado
e com o ministro:
Vou fazer a louvação - louvação, louvação
Do que deve ser louvado - ser louvado, ser louvado
Meu povo, preste atenção - atenção, atenção
Repare se estou errado
Louvando o que bem merece
Deixo o que é ruim de lado
E louvo, pra começar
Da vida o que é bem maior
Louvo a esperança da gente
Na vida, pra ser melhor
Quem espera sempre alcança
Três vezes salve a esperança!
Louvo quem espera sabendo
Que pra melhor esperar
Procede bem quem não pára
De sempre mais trabalhar
Que só espera sentado
Quem se acha conformado
Vou fazendo a louvação - louvação, louvação
Do que deve ser louvado - ser louvado, ser louvado
Quem 'tiver me escutando - atenção, atenção
Que me escute com cuidado
Louvando o que bem merece
Deixo o que é ruim de lado
Louvo agora e louvo sempre
O que grande sempre é
Louvo a força do homem
E a beleza da mulher
Louvo a paz pra haver na terra
Louvo o amor que espanta a guerra
Louvo a amizade do amigo
Que comigo há de morrer
Louvo a vida merecida
De quem morre pra viver
Louvo a luta repetida
Da vida pra não morrer
Vou fazendo a louvação - louvação, louvação
Do que deve ser louvado - ser louvado, ser louvado
De todos peço atenção - atenção, atenção
Falo de peito lavado
Louvando o que bem merece
Deixo o que é ruim de lado
Louvo a casa onde se mora
De junto da companheira
Louvo o jardim que se planta
Pra ver crescer a roseira
Louvo a canção que se canta
Pra chamar a primavera
Louvo quem canta e não canta
Porque não sabe cantar
Mas que cantará na certa
Quando enfim se apresentar
O dia certo e preciso
De toda a gente cantar
E assim fiz a louvação - louvação, louvação
Do que vi pra ser louvado - ser louvado, ser louvado
Se me ouviram com atenção - atenção, atenção
Saberão se estive errado
Louvando o que bem merece
Deixando o ruim de lado
náufrago
Navegava sem bússola, deu com o casco nas pedras.
Teve que seguir a nado, sem âncora nem nada.
Teve que seguir a nado, sem âncora nem nada.
quarta-feira, 8 de novembro de 2006
gangorra
Depois das últimas Dona Fiúca sentia-se uma porca afundando no charco, tinha apetite suíno. Com o focinho lambuzado, grunhia asperezas que a brisa madrugadeira serenava.
terça-feira, 7 de novembro de 2006
vaidade
Dr. Pedro Nóia foi assediado por duas belas pacientes. Saiu-se com esta:
- A classe dos unicórnios está entre a dos cavalos mancos e a dos gatos caolhos.
- A classe dos unicórnios está entre a dos cavalos mancos e a dos gatos caolhos.
Dr. Pedro Nóia
Especialidades: explicações chinfrins para momentos cósmicos; doenças dos olhos e das mulheres.
Atende em domicílio.
Atende em domicílio.
segunda-feira, 6 de novembro de 2006
estou a ir
Lembrei-me do patrício a perguntar:
- Já lá esteves?!
E depois de estado a responder:
- Muito fresca, acreditas que pegou em meu pau assim?! (com o mindinho levantado).
- Já lá esteves?!
E depois de estado a responder:
- Muito fresca, acreditas que pegou em meu pau assim?! (com o mindinho levantado).
pedra
Ficou pleno com a notícia da amiga de que seu filho se encantara com um levantamento de pedras no sítio, no feriado. Sentiu um frio na barriga ao memorar as surpresas da fauna de insetos escondida no quintal da vovó, lá no Taboão. Desejou uma mexeriquinha cravo daquelas...
terra
Aos dezoito anos sentia-se um verme, devorando Machado de Assis, Camilo Pessanha, Fernando Pessoa, Álvares de Azevedo e Augusto dos Anjos. Quando lançado aquele filme, que até hoje não viu, chegou a planejar com os amigos o enterro dos discos do The Doors (revoltado com aquele tesouro ao alcance da massa).
Passados quinze anos, adulto metamorfoseado em jacaré, sente inveja daquela sua radical condição anterior, enquanto ruidoso, a caminho de um cinema, arrasta o barrigão no aslfalto, possivelmente influenciado por Santiago Nazarian, talvez ao som de Caetano Veloso.
Passados quinze anos, adulto metamorfoseado em jacaré, sente inveja daquela sua radical condição anterior, enquanto ruidoso, a caminho de um cinema, arrasta o barrigão no aslfalto, possivelmente influenciado por Santiago Nazarian, talvez ao som de Caetano Veloso.
domingo, 5 de novembro de 2006
sexta-feira, 3 de novembro de 2006
Aspecto policial de Mantena (Zona contestada)
BARGANHA DE ESPÔSAS
– Denúncia –
– Denúncia –
Cópia Fiel:
“Sr. Delegado Especial do Município de Mantena.
Nos abaixo assinado, lavradores, Brazileiros, residentes no córrego do canivete deste município, Vem respeitosamente trazer ao Vosso Conhecimento que entre nos, existe dois Senhores de nome Raimundo Rodrigues e Avelino Rodrigues, que são casados eclesiasticamente, com Maria Leopoldina, e Jozifina Maria, e que em dias do mês corrente, mais ou menos dia 6, elles em como um acordo breganharam suas mulheres, sendo, que Avelino, voltou Cr$ 100,00 a Raimundo, e como se trata de um ato contra o senso moral, e para que estes individuos não dê mau exemplo ao nosso povo, pacato e bom, resolvemos trazer este fato ao Vosso Conhecimento, para tratar de acordo com o que a lei faculta. Afirmamos ainda que Maria Leopoldina tem quatro filhos com Raimundo, e Jozefina tem um filho com Avelino, assim sendo a breganha foi so das mulheres, os meninos ficaram em casa de seus pais e que antes das trocas das mulheres, sempre era de costume, fazerem bailes em suas casas, motivo ignoramos. O que é serto é que nosso Córrego esta um escandalo, com essa pouca vergonha de homens sem compustura, que querem emplantar mais ou menos a lei do comunismo em nossa terra. Nestes termos, pedimos Justiça. Mantena, 16 de Janeiro de 1945. (aa) Olimpio Borges, Arisson Pereira da Silva, Joaquim Pereira da Mata, Sebastião Baptista, João Francisco, Marinho Pereira, José Pereira. Arrogo de Raimundo Delfino, que não sabe assinar, Nadir Pereira da Silva. Arrogo de Orozimbo Silva, que não sabe ler nem escrever, Pedro Noia”.
CONFERE COM O ORIGINAL ARQUIVADO EM PASTA PRÓPRIA, NA DELEGACIA DE POLÍCIA DE MANTENA, SELADO COM CR$ 4,00 DE ESTAMPILHAS ESTADUAIS.
Mantena, 26 de maio de 1956.
(a.) José de Paula Freitas, escrivão da Delegacia.
Visto.
Mantena, 26 de maio de 1956.
(a.) José Geraldo Leite Barbosa, Cap. Del. Especial.
Mantena, 26 de maio de 1956.
(a.) José de Paula Freitas, escrivão da Delegacia.
Visto.
Mantena, 26 de maio de 1956.
(a.) José Geraldo Leite Barbosa, Cap. Del. Especial.
quinta-feira, 2 de novembro de 2006
elucubrações etílicas
semiótica é a ótica do pirata/ democracia é o governo do demônio/ a tolerância é inimiga da perfeição/etc.
quarta-feira, 1 de novembro de 2006
enquanto isso, no Pará
(grileiros preocupados, madereiros sem saber por onde, Jader Barbalho observando)
Grande festa popular: congregação inédita das aparelhagens Tupinambá e Rubi: dj Wesley, dj Pati Potência, dj Ednelson e dj Maluquinho juntos: a galera do quilombo fazendo o T, tecno-brega no talo, novo remix:
Ô Ana Juliaaaaa!!!!
Ô Ana Juliaaaaa!!!!
Ô Ana Juliaaaaa!!!!
(antenados: atentem para o fato de que os djs de lá estão remixando como o dj Tão Zé)
Grande festa popular: congregação inédita das aparelhagens Tupinambá e Rubi: dj Wesley, dj Pati Potência, dj Ednelson e dj Maluquinho juntos: a galera do quilombo fazendo o T, tecno-brega no talo, novo remix:
Ô Ana Juliaaaaa!!!!
Ô Ana Juliaaaaa!!!!
Ô Ana Juliaaaaa!!!!
(antenados: atentem para o fato de que os djs de lá estão remixando como o dj Tão Zé)
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