Caso jaqueira, sai de baixo!
(inspirado em Os cem menores contos brasileiros, organizado por Marcelino Freire)
segunda-feira, 30 de julho de 2007
quarta-feira, 25 de julho de 2007
terça-feira, 24 de julho de 2007
nariz
Sei que dói a verdade mas não sei porque insiste em mentir. Sensível o faro, desnuda a falácia.
quinta-feira, 19 de julho de 2007
quarta-feira, 18 de julho de 2007
terça-feira, 17 de julho de 2007
reforma
deu no jornal: não haverá mais grade entre nós...
capins:
a mochila do mascate,
amiga histérica,
anexo,
após calipso,
cavalo de tróia,
cidadania,
clã,
control v,
devir,
foi anita,
frente-verso,
olfativa,
risco,
rosa,
sincronicidade,
sobreviventes,
última hora
segunda-feira, 16 de julho de 2007
quinta-feira, 12 de julho de 2007
quarta-feira, 11 de julho de 2007
sexta-feira, 6 de julho de 2007
fiat lux
Os olhos ainda úmidos, escrevo. Se eu tivesse dinheiro eu dava pro seu Luiz, eu acho que era esse o nome na placa. Velhas miniaturas de locomotivas na vitrine, alguns objetos de quando o Paraguai era outro e chaveiros, que aos olhos do meu menino reluziram na entrada. E naquele garimpo do olhar, entre presentes e ausentes que eu gostaria de presentear, o curioso objeto, em forma de garrafa azul, com detalhes em carmim desbotado e a velha etiqueta com código como aquele da mercearia de vovô.
Lá de dentro, de dentro de seus óculos de relojoeiro: pois não?
E eu: só estou dando uma olhada. Por favor, é um cinzeiro?
- Não, uma cigarreira musical.
- Posso ver como funciona?
Ele, com o grande maço de chaves, como aquele do vovô (eu tenho a teoria de que dinheiro é sinônimo de muitas chaves). Vitrine aberta, um defeito no contato do porta-cigarros, que não para a música quando dada a corda e fechada a tampa telescópica.
- O senhor arruma, porque só tem esse, não?
Toca o telefone, é o representante do locador, ele quase chorando, do alto da dignidade: está difícil, sei da inadimplência de muitos aqui no prédio, ele não pode dispensar assim um locatário há 41 anos... Espero que em dois meses, já coloquei minhas máquinas à venda (uma registradora e uma máquina de costura disputam o lugar com os clientes). Falamo-nos.
- E então, o senhor me arruma?
- Mas agora? Eu preciso abrir com calma...
- Semana que vem eu passo pra pegar.
(Ele atende uma senhora estranha, recém-chegada, com o relógio parado e a pressa de fazer o tempo andar de novo).
-E isto aqui empacotado, são caixas de fósforo? (juntas no pacote, formam belas flores coloridas). Antigas, não? Como o senhor as vende?
Estendendo-me uma pétala: não vendo, foram feitas pra mim; mas o senhor pode ficar com esta.
Lá de dentro, de dentro de seus óculos de relojoeiro: pois não?
E eu: só estou dando uma olhada. Por favor, é um cinzeiro?
- Não, uma cigarreira musical.
- Posso ver como funciona?
Ele, com o grande maço de chaves, como aquele do vovô (eu tenho a teoria de que dinheiro é sinônimo de muitas chaves). Vitrine aberta, um defeito no contato do porta-cigarros, que não para a música quando dada a corda e fechada a tampa telescópica.
- O senhor arruma, porque só tem esse, não?
Toca o telefone, é o representante do locador, ele quase chorando, do alto da dignidade: está difícil, sei da inadimplência de muitos aqui no prédio, ele não pode dispensar assim um locatário há 41 anos... Espero que em dois meses, já coloquei minhas máquinas à venda (uma registradora e uma máquina de costura disputam o lugar com os clientes). Falamo-nos.
- E então, o senhor me arruma?
- Mas agora? Eu preciso abrir com calma...
- Semana que vem eu passo pra pegar.
(Ele atende uma senhora estranha, recém-chegada, com o relógio parado e a pressa de fazer o tempo andar de novo).
-E isto aqui empacotado, são caixas de fósforo? (juntas no pacote, formam belas flores coloridas). Antigas, não? Como o senhor as vende?
Estendendo-me uma pétala: não vendo, foram feitas pra mim; mas o senhor pode ficar com esta.
quinta-feira, 5 de julho de 2007
quarta-feira, 4 de julho de 2007
terça-feira, 3 de julho de 2007
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