sábado, 23 de dezembro de 2006

andarilho

O processo era de purgação. A manhã era de outono. A vontade era de primavera.
Acordou no meio da noite, com a cabeça rodando e um nó bem grande na garganta. Do alto de sua inconsciência, tomara a decisão: seu destino seria aquele, independentemente do custo. À maneira do poeta tomou seu guaraná em pó dissolvido em água e pôs-se a caminhar. A estrada seria longa, às vezes deserta como na estória infantil.
Tomou o cuidado de não deixar pegadas e nem olhar para trás. Nunca mais voltou.

5 comentários:

Anônimo disse...

descuidou-se do cuidado de não deixae pegadas e foi encontrado, finalmente

juliana amaral disse...

e quem fica, meu deus, e quem fica?

Anônimo disse...

O seu destino está cá, com os dedos nervosos, a te esperar.

Anônimo disse...

no inverno te conhecer. no verão sair pra pescar. no outono te conhecer. primavera, poder gostar... ouça todos os Minas, todos os Lôs e Betoguedes que voc~e tenha na prateleira

Anônimo disse...

se correr o bicho pega, se ficar o bicho come