terça-feira, 17 de abril de 2007

opúsculo

Um raio paralisante caiu sobre a cabeça do menino e ele virou bolha. Aí veio o vento e rodou a formação arredondada grama abaixo, até bater na palmeira. A bolha não estourou mas os miolos moles do garoto escorreram como vômito no ônibus. O líquido vazou e foi parar no asfalto quente da rua em frente. A fonte da praça, testemunhando, nada pôde fazer. Depois o menino tirou o ar do corpo e cambaleando de fome saiu à procura de um cachorro-quente, mas só conseguiu encontrar o vendedor de algodão-doce. De modo que o menino não estava com sorte.

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