quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

mirante amarelo

Enquanto brincava de gude no terreiro o menino desaprendia o território livre das minhocas.
Um cheiro de mangas apodrecendo misturava-se ao do ribeirão poluído.
Nele, bagres cresciam entre seringas e merdas das gentes da cidade.
Na beira, bichos geográficos habitaram seus pés em pescaria - ah, os porcos.
O harém das bananeiras tinha janela pra cozinha da preta Maria, mangarás fundo céu.
Chaminé cerâmico coloria de negro lenhoso a caiação da parede do fogão, outro fundo.
Haviam latas e plásticos coloridos reunidos em montinhos ali no fundo do terreno.
...
Vovô altaneiro, da varanda das refeições montada sobre o mágico porão.

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