segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

era uma vez

Resolveu abandonar o roto bloco de anotações por um caderno novinho em folha, em que escreveria uma nova história, com personagens adaptados do original. Ainda não sabia do fim se feliz, tampouco como sair do branco-folha. Sentou-se na escrivaninha com medo e abriu o vidro já açucarado de tinta sépia para molhar a pena. Dedicou-se.

2 comentários:

juliana amaral disse...

...como um punhal atravessa a pele no golpe desferido, liso, úmido e fácil, porque sabe que não é a força mas sim o jeito que penetra a faca até o fim, não é o quanto a mão aperta a empunhadura mas o tanto que o braço empurra o peso do corpo pra dentro da carne, num movimento que nasce na cintura e encerra do outro lado no vazio que começa onde termina a pele das costas... (a auto-citação, eu sei, é o começo do fim...)

Anônimo disse...

5 sentidos